Rituais de Natal
Uns dias antes do Natal a avó e a tia passavam horas a fazer filhoses.
Tudo obedecia a um ritual, primeiro a avó e a tia amassavam todos os ingredientes, (lembro-me apenas que à socapa a avó colocava sempre um copinho de aguardente), amassavam aquela papa toda durante horas e no final benziam-na.
Enquanto a massa repousava sentava-se a beber café e a contar histórias, um cheiro a Natal evadia a casa dos avós.
Depois, enquanto a tia tendia a massa, a avô ia fritando as filhoses, nessa altura eu entrava em acção. Queria sempre ajudar, mas os olhares seguiam todos os meus passos.
- Vê lá não se sujes.
- Cuidado com o fogão.
- Eu não me sujo, mas deixem-me ajudar. Posso fazer os risquinhos? Sou sempre eu que faço e ficam tão bonitos... (colocava um ar maroto e ninguém resistia). Quando se distraíam, já estava eu a tentar fazer bonecos e estrelas com a massa.
Antes de ser corrida da cozinha, ainda convencia a avô a fritar as minhas obras, os bonecos e as filhoses pequeninas. Devorava-as ainda quentes.
Quando na noite de Natal as filhoses eram colocadas na mesa, eu enchia o peito e dizia.
- Comam, comam, estão muito boas eu também ajudei a fazer.
Tudo obedecia a um ritual, primeiro a avó e a tia amassavam todos os ingredientes, (lembro-me apenas que à socapa a avó colocava sempre um copinho de aguardente), amassavam aquela papa toda durante horas e no final benziam-na.
Enquanto a massa repousava sentava-se a beber café e a contar histórias, um cheiro a Natal evadia a casa dos avós.
Depois, enquanto a tia tendia a massa, a avô ia fritando as filhoses, nessa altura eu entrava em acção. Queria sempre ajudar, mas os olhares seguiam todos os meus passos.
- Vê lá não se sujes.
- Cuidado com o fogão.
- Eu não me sujo, mas deixem-me ajudar. Posso fazer os risquinhos? Sou sempre eu que faço e ficam tão bonitos... (colocava um ar maroto e ninguém resistia). Quando se distraíam, já estava eu a tentar fazer bonecos e estrelas com a massa.
Antes de ser corrida da cozinha, ainda convencia a avô a fritar as minhas obras, os bonecos e as filhoses pequeninas. Devorava-as ainda quentes.
Quando na noite de Natal as filhoses eram colocadas na mesa, eu enchia o peito e dizia.
- Comam, comam, estão muito boas eu também ajudei a fazer.
A avó também punha nas filhoses o seu copinho de aguardente...as dela n tinham risquinhos porque ela as tendia no joelho e ficavam assim com uma forma de "tacinha".Deixava-me por a canela e o açucar por cima e só para lembrar, mesmo sem avó, continuo a fazer isso às filhosos que as tias e a mãe fazem.
um beijinho, feliz Natal!
Posted by marta* | 21/12/06 09:33
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