sexta-feira, março 31, 2006

Como Maria

“Eu fiquei sem voz,
Com que cantar,
Minha alma vazia, pedia felicidade,
E pensei para mim,
Vou pôr-me em suas mãos,
Mãos de mãe, confiar-me ao seu amor.

E Tu Maria,
Fazes-me musica de Deus,
E Tu Maria,
Animas Tu a cordas da minha alma”



Foi assim, de mãos abertas que fomos até ti.
De mãos abertas para nos dar-mos,
Para nos abraçarmos,
Para nos ajudarmos,
Para rezarmos,
Para partilhamos,
Para recebermos toda a tua luz.
A jornada não foi fácil, mas Tu estiveste sempre connosco;
Em cada subida,
Nas poucas horas dormidas,
Nas nossos momentos de partilha,
Nas nossas gargalhadas.

Como Maria…queremos sempre caminhar até ti….

As marcas que deixam em nós

As coisas vulgares que há na vida,
Não deixam saudades,
Só as lembranças que doem
Ou fazem sorrir,

Há gente que fica na história,
Da história da gente,
E outras de quem nem o nome,
Lembramos ouvir.

Escrevo este post ao som desta música…
Podem-nos calar a boca, mas nunca o coração.
Podem-nos castrar as ideias, mas nunca as memórias, (e são tantas e tão boas…)
O tempo tem passado a correr e nem acredito que estás prestes a realizar “o nosso sonho”.
Fui duro, muito trabalhoso para ti, mas com a tua garra conseguiste vencê-lo, PARABÈNS.
Não sei se foi ele que nos afastou, acho que foi a vida, o destino, sei lá…
Sei que sinto um enorme orgulho por teres vencido esta etapa e por conseguirmos continuar unidos.
Quero poder acompanhar de perto todos os teus projectos e sucessos.
Quero poder dizer que a nossa amizade se escreve com A (maiúsculo).
Há pessoas que nos marcam para sempre, e é isso que sinto. Não passaste em vão na minha vida, deixaste bem vincada a tua marca.
Por algum motivo, as nossas vidas se cruzaram, por algum motivo…, por algum motivo…

quarta-feira, março 29, 2006

Cantiga de Amigo



“Nem um poema nem um verso nem um canto

tudo raso de ausência tudo liso de espanto

e nem Camões Virgílio Shelley Dante

o meu amigo está longe

e a distância é bastante.



Nem um som nem um grito nem um ai

tudo calado todos sem mãe nem pai

Ah não Camões Virgílio Shelley Dante!



o meu amigo está longe

e a tristeza é bastante.



Nada a não ser este silêncio tenso

que faz do amor sozinho o amor imenso.

Calai Camões Virgílio Shelley Dante:

o meu amigo está longe

e a saudade é bastante!”



José Carlos Ary dos Santos

segunda-feira, março 27, 2006

Não fiques na praia...

É difícil exprimir todos os sentimentos que “invadiram” as nossas mentes este fim-de-semana. Mas de uma coisa tenho a certeza: agarrámos o desafio, lançamo-nos ao largo e voltamos ainda mais unidos e mais fortes.



“Não fiques na praia, com o barco amarrado,
e medo do mar.
Tudo aqui é miragem, mas na outra margem
Há alguém a esperar.

Como onda que morre, sozinha na praia,
Não fiques brincado.
No mar confiante ensina o teu canto,
de ave Voando.

Voa bem mais alto, livre sem alforge,
nem prata, nem ouro,
Amando este mundo, esta vida que é campo,
e esconde o tesouro.”

sexta-feira, março 24, 2006

De volta...



Este fim-de-semana o trio maravilha volta a estar junto, numa grande actividade, (confesso que já tinha saudades).

Lembram-se das nossas “escapadinhas” na caminhada? Foi fabuloso, os nossos olhares encontravam-se e nem era preciso dizer nada. Saíamos a correr, parecíamos verdadeiras crianças.

Esta actividade vai seu um pouco diferente, por tudo o que está adjacente (a parte física, a reflexão, a introspecção…).

Quero levar um bocadinho de cada amigo dentro do coração para esta actividade tão especial.

quarta-feira, março 22, 2006

Lisboa Kuya

“ensina-me a ser assim,

capaz de fazer dum yah,

algo mais do que um sim,

ninar tudo o que pede p´ra ser já,

e deixar aconchegar-se a mim,

a certeza que nada mais terá

o mesmo sabor,

nem cerejas, nem Lisboa”

A Primavera chegou… e com ela uma série de sonhos e vontades.

Finalmente a Internet chegou a casa da Mafaldinha!!!


Depois de um longo dia que começou de uma forma muito atribulada e que me deixou algumas nódoas negras... TXARAM!!! A MAFALDINHA TEM INTERNET NO SEU QUARTO DAS VAQUINHAS.
Receio que o meu quarto deixe de ser um local calmo, com alguma roupa espalhada, para passar a ser o habitat da mãe da Mafaldinha.
Ah! Pois é. Receio mesmo muito que as minhas noites deixem de ser a ouvir música, a ler ou a escrever, para passarem a ser uma “tortura”.
Mãe se leres este post fica a saber que o quarto continua a ser meu, ok? E mais, continuas a ter em casa a tua filha e o teu cão, que precisam de ser alimentados e bem cuidados.
(Espero não me vir a arrepender de ter colocado tal “utensílio” em casa).
Ficam aqui os agradecimentos ao simpático “Sr”, que me ajudou a instalar a Internet…Foi preciso alguma paciência, mas amigos por muito que não acreditem, não cometi nenhuma gaf. (eu sei que todos vocês devem estar a pensar que isso é impossível...). Na realidade portei-me bem, quer dizer médio bem. Ouve uma altura em que o sono quase falou mais alto. Sabem como fico quanto me começo a transformar em abóbora, reconheço que fico com mau feitio e chata. Mas consegui amenizar as coisas com algumas piadas patetas.
De repente veio-me à memória aquela imagem da Mafalda (do Quino) no pátio da escola a dizer ao Manelinho que não tinha televisão em casa e todas as crianças pararam e ficaram a olhar para ela como se a coitadinha fosse o bicho estranho. Pois…assim me sentia eu por não ter Internet em casa.

terça-feira, março 21, 2006

Caminhar
















Lembro-me de ser Exploradora e ouvir os Caminheiros cantarem;



“Minhas botas velhas e gastas,

caminhando léguas sem fim,

quando mais velhinhas e gastas,

mais orgulho sinto em mim”



Hoje percebo o verdadeiro sentido destas palavras….

segunda-feira, março 20, 2006

Imaginem

Hoje que começa a Primavera fecham os olhos e…

Imagine there's no heaven
It's easy if you try
No hell below us
Above us only sky
Imagine all the people
Living for today...

Imagine there's no countries
It isn't hard to do
Nothing to kill or die for
And no religion too
Imagine all the people
Living life in peace...

You may say I'm a dreamer
But I'm not the only one
I hope someday you'll join us
And the world will be as one

Imagine no possessions
I wonder if you can
No need for greed or hunger
A brotherhood of man
Imagine all the people
Sharing all the world...

sexta-feira, março 17, 2006

Sys

A primeira vez que vi a Sys deve ter sido há cerca de 8 anos nos escuteiros do Algueirão. Lembro-me que o seu olhar tímido me chamou à atenção e da Sofia dizer-me que eras tu a célebre pioneira vegetariana;) (nessa altura não havia cá Chinês para ninguém, verdade?).

Assisti à tua promessa de Pioneira, investiste-te Caminheira e agora acompanho a tua investidura de dirigente. Pois é amiguinha os anos passam… e as amizades crescem.

O momento mais marcante das nossas vidas como escuteiras foi sem dúvida o Acareg. Uma semana completamente estafante, mas ao mesmo tempo tão gratificante e enriquecedora. Passávamos o tempo todo a rir, lembraste?

Na verdade é difícil estar ao pé de ti sem soltar aquelas belas gargalhadas, tens um mundo muito teu e expressões que mais ninguém se lembraria de inventar, detestas determinadas frases e nomes e tens opiniões que não lembram a ninguém; és impar amiga. Envias-me mensagens que aquecem o coração, e lembro-me de tantas…

Vou usar expressões só tuas para te descrever: és maravilhosa, és fofinha, és queridinha, és um sonho do céu, em suma és brutal.

Amanhã será mais um dia marcante na tua vida, vais ser investida dirigente e nós amigos maravilha estaremos na primeira fila a assistir com um enorme orgulho.

quarta-feira, março 15, 2006

As Bandidas e o Xerife


Parece que no Domingo passado a Primavera espreitou a bela cidade de Lisboa, e vai daí as Bandidas e o Xerife rumaram até à capital para passear.
Subimos até ao Chiado, comemos gelados saborosos e respirámos “muita luz”. Andámos num eléctrico conduzido por um senhor muito pouco simpático e com ar de lobo mau, mas estávamos tão animados que o seu estado de espírito ainda nos deixou mais bem dispostos, eh eh...
Ficámos sentados nas muralhas do Castelo a observar a paisagem e a imaginar que uma daquelas casas encostadas às muralhas do S. Jorge era dos amigos maravilha. 1001 ideias assomaram as nossas mentes, já estávamos a imaginar o Toomy de avental de volta das febras e da sardinha assada, o Balas a fazer umas entradas maravilha, o resto dos rapazes de volta da sangria, as miúdas naturalmente que estariam ou na piscina ou a apanhar banhos de sol...
Que calma, que sossego, que sentimento tão bom invadiu os nossos corações. Lisboa vista do castelo é sem dúvida inspiradora.

Jack Johnson

2ª Feira, 8h da manhã, acordei ao som de uma mensagem de telemóvel “…escolhi-te para seres a minha representante no concerto de Jack Johnson...”, era a minha Nês a oferecer-me o bilhete dela para o concerto. Que forma tão saborosa de acordar a uma 2ºf (és uma querida afilhada).
O concerto foi muito bom, aquela voz doce e penetrante levava os nossos pensamentos muito além de uma 2ºfeira de lua cheia.
Conheço pouco o trabalho deste cantar, mas a partir de 2ºf tornei-me fã daquele senhor.
Jack se por acaso vieres aqui ao meu blog já sabes, além de poderes comentar passa lá por Sintra para tomarmos um cafezinho, balé ?

segunda-feira, março 13, 2006

Bandeira de Portugal



O ambiente vivido durante o Euro 2004 foi fantástico! Os Portugueses esqueceram tudo aquilo que os atormentava e só tinham olhos para o futebol. Deixaram o “fado”/tristeza de lado e dedicaram-se exclusivamente ao Euro...(qual défice orçamental?!)
Em quase todas as casas havia uma bandeira de Portugal à janela, mesmo que não soubessem o simbolismo da bandeira, por solidariedade lá estava ela hasteada. Provavelmente muitos também não sabiam o nome do hino nacional e só passaram a conhecer a letra da Portuguesa devido ao Euro. Verdade seja dita, que foi sem dúvida um momento marcante e que nos tornou um pouco mais patriotas. Este é o lado positivo da questão o lado negativo é que parece que alguns pararam em 2004, isto é, não se aperceberam que o Euro terminou e continuam a ter a bandeira na janela.
Ora bem, tendo em conta que já passaram quase 2 anos, as bandeiras neste momento resumem-se a um bocado de trapo quase sem cor e mal amarfanhado...
E que tal retirarem a bandeira/trapo que restou?!
Ok o mundial está à porta, mas começa apenas em Maio, até lá pelo menos passem por qualquer chinês e renovem a bandeira de Portugal,
Pode ser?

sexta-feira, março 10, 2006

A minha professora de Inglês

A minha “teacher” é uma senhora baixinha, redondinha, de cabelo encaracolado, de sorriso doce e palavras meigas.
Há cerca de um ano que o ritual se repete todas as 4ºf ao final da tarde e tenho aulas particulares na sua casa. Recebe-me sempre com muita alegria e de uma forma muito British (com chá e bolinhos).
Antes de começarmos a aula colocamos a conversa em dia e entrego-lhe os últimos textos que escrevi no meu blog, que faz sempre questão de ler.

É mais do que uma professora é uma amiga mais velha, existe uma enorme cumplicidade entre nós.
A vida é mesmo assim coloca-nos pessoas especiais no nosso caminho que nos ajudam a crescer.

quinta-feira, março 09, 2006

AHHHH BENFICAAAAAAAAA




Como não podia deixar de ser, hoje as minhas palavras vão para o meu Glorioso (clube do coração).
Ok! Também tenho um carinho muito especial pelo Vitórrria de Setúbal. Assim que os netos nasceram, o avozinho fê-los logo sócios do clube da terra.
Ontem estivemos em grande, verdade seja dita que também tivemos uma estrelinha do nosso lado (os rapazes estavam inspirados).
Ah, Benfica, assim é que é, apesar de ultimamente só ganharmos aos grandes clubes…

quarta-feira, março 08, 2006

Mulheres...

terça-feira, março 07, 2006

Quase que conseguia…



Pois é, amigos! Apesar de poucos acreditarem que eu fosse capaz, o que é certo é que ontem quase, quase, mas mesmo quase que consegui instalar a Internet em casa.
Tudo estava a correr bem, quer dizer (médio bem), tirando o facto de ter deixado cair o telefone duas vezes ao chão… e de dar 1500 voltas aos cabos até conseguir acertar em tudo, eis que faltava a password.
Telefonei para o apoio a cliente e estive nada mais nada menos que 70 minutos à espera para sabem o quê?!
- Ah e tal, vou passar a chamada ao meu colega do serviço comercial.
- Pois, eu também não a posso ajudar, mas vou passar a chamada para o apoio técnico.
No final desta palhaçada toda e depois de ter dito pelo menos 5 vezes o número de contribuinte e o número do BI, só faltava que me perguntassem a cor das cuecas, mas enfim, são os procedimentos normais… dizem os entendidos.
Já bastante “passada” e depois de ouvir aquela música que colocava qualquer um em estado de choque e com os cabelos em pé, o resultado foi espantoso.
- Ok! Então daqui a 9 dias úteis, volte a contactar-nos para activarmos o serviço.
Juro que se o técnico que estava a acompanhar todo este processo não estivesse lá em casa eu teria no mínimo mandado todos aqueles “pseudo operadores de serviço de apoio a clientes” para uns sítios muito feios…
O que valeu foi que o técnico que estava assistir a toda esta aventura era bastante simpático e bastante calmo. Coitado, enquanto esperávamos pela misteriosa password, lá teve que levar com a estucha das fotografias dos escuteiros.
Percebem agora porque é que ainda não tenho Internet em casa, esta é apenas a terceira tentativa…
Tenho esperança que daqui a 8 dias úteis as coisas irão mudar e terei finalmente Internet em casa, (bem, isto se o técnico não desistir), porque sinceramente, eu não teria paciência para estar tanto tempo ao telefone à espera de uma informação.
Fiquem a aguardar pelo próximo episódio.

sexta-feira, março 03, 2006

Eu tiro o chapéu ao Sr. La Féria



Depois da banhada que foi o Fame pensei que teria que me “vingar” e assistir a um verdadeiro espectáculo/musical.
Eis que a minha querida tia Begi me convidou para assistir ao musical “Canção de Lisboa”, o qual já tinha imensa vontade de ir ver.
O musical está muito giro, os cenários estão fantásticos (principalmente o cenário inicial), os dançarinos são óptimos e as interpretações muito boas.
Eu tiro o chapéu ao Sr. La Féria. É um homem determinado, cheio de vida, dinâmico e sem qualquer subsídio do estado produz musicais fantásticos. É do público que a sua companhia vive e a “bilheteira” é o seu único subsidio.
Parece que realmente em determinados aspectos estamos mesmo na cauda da Europa, (bem depois de termos assistido à extinção do Ballet da Gulbenkian tudo é possível).
A maior parte dos teatros e companhias em Portugal sobrevivem à custa do amor à camisola que cada um doas actores deposita.
Saiam das vossas casas e “percam-se” uma noite num teatro.

quarta-feira, março 01, 2006

Um domingo diferente


Normalmente os meus domingos à tarde são passados com amigos algures numa esplanada próxima da praia ou a visitar a família. Este domingo foi diferente e só mesmo algo muito especial para me arrastar até ao Shopping num domingo à tarde. Mas sabendo que a grande Sara Tavares ia apresentar o seu último álbum na Fnac do Cascaisshoping era impossível ficar indiferente.
Todo o ambiente criado em torno daquela sala era fantástico, as pessoas olhavam umas para as outras e sorriam, dançavam, havia no ar um cheiro a paz, “UM BOM FEELING.”
No final do concerto pedi à Sara Tavares que autografasse o cd que tinha comprado, ainda tivemos oportunidade de trocar meia dúzia de palavras com ela.
O seu sorriso e simplicidade é sempre igual (fantástico), parece uma miúda calma, de bem com a vida, uma alma generosa. Dissemos-lhe o quanto a música dela nos toca e influencia, da forma como a sentimos; são músicas que nos fazem “levitar”. Ao que ela nos disse que são apenas canções de embalar, de “ninar”.
O dom da Sara é a voz, a forma como canta e transmite aos outros o que sente, a Sara acha que é apenas uma missão.
Chamem-lhe o que quiseram, mas é sem duvida um ser iluminado.

“adoro quando te deixas levar assim,
fechas os olhos e danças só para mim,
uma dança tua, mistura de não vem que não tem,
com um sorriso porém,
que me diz que o teu desdém,
é só a manha de alguém,
que diz que vai, mas que vem,
me engana que eu gosto”.