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Os Irmãos


Uma das minhas melhores amigas é filha única e diz que o maior desgosto é não ter irmãos, mas geneticamente não foi possível.
As brincadeiras e cumplicidades de irmãos enquanto crianças são fantásticas.
Lembro-me uma vez que estava com o meu irmão e o meu pai nos baloiços de vila de Sintra; eu e o meu irmão temos uma diferença de 2 anos e meio, logo, como irmão mais velho, passou o tempo todo a “picar-me” , porque ele conseguia colocar-se em pé em cima do baloiço, saltava para o chão e ficava em pé.
Claro que a Andreia, menininha como era, estava furiosa, mas fingia que nem sequer ouvia nada e cantarolava.
Quando o nosso pai nos chamou para irmos embora, o meu irmão olhou para mim, com um sorriso malhandro e disse:
-Queres ver, queres ver, se colocasse mais uma vez de pé em cima do baloiço e orgulhosamente deu um grande salto.
Eu deixei-o ir à frente e quando ninguém estava a observar, enchi-me de coragem e zás lá saltei do baloiço.
Escusado será dizer que a aventura não correu bem, trapalhona como sou, calculei mal as medidas e levei com o baloiço na cabeça.
Levantei-me, corri para o carro a tentar suster as lágrimas e a fazer um enorme beicinho, até que o pai perguntou.
- O que se passa?
Não aguentei, desatei num pranto e contei a verdade.
- Pois… o que é que querias, só fazes asneiras, não percebes que o teu irmão é mais velho… aí…mostra lá a cabeça… bonito serviço… partiste a cabeça… dói-te não é ?
Eu só abanava a cabeça e o meu irmão caladinho que nem um rato (acho que deveria estar a pensar: - Espero que isto não sobre para mim!)
Lembro-me que o pai tirou do bolso um lenço de pano para tentar estancar o sangue.
Resultado da aventura: três belos pontos na nuca e a vontade de nunca mais saltar de um baloiço.
Claro que na altura não achei a mínima piada e doeu-me imenso, mas hoje tenho uma história fantástica para um dia contar aos meus filhos.

Eu lembro-me de fazer uma guerra de calhaus com o meu irmão mais velho e de partirmos o relógio ao Dinis, que morava na nossa rua. E lembro-me de jogar com ele aos Jovens Heróis de Shaolin e partir a cabeça a saltar do beliche para o chão.
O meu irmão mais novo só apareceu quando eu tinha seis anos e não parava de chorar à noite. Ia sempre prá minha cama dormir, com a mão agarrada à minha orelha. Era um menino da mamã...
Lembro-me que, aos oito anos, quando caí de um segundo andar e parti o braço (estava a jogar às escondidas), passei uma larga temporada no hospital e estava sempre desejoso da hora das visitas, para estar os meus irmãos. Vinte anos depois, é muito fixe quando nos encontramos os três. Os papéis mantêm-se, apesar dos anos. O Hugo é o mais velho e tem a mania que sabe tudo, o Didi é mais novo e continua tão mimado quanto sempre foi. Eu também me mantenho igual a mim próprio, "és esperto mas tens a mania que és bom", dizem-me eles.

Existirá alguém que nos conheça melhor do que os nossos irmãos?

Ricky,
apesar das nossas vidas seguirem diferentes linhas; o que é certo é que o amor de irmãos continua lá.
Acho que é mesmo aquela questão "do mesmo sangue que nos corre nas veias".
bjs

Eu concordo com o Pedro, os irmãos mais novos são mais prefeitos.
hi, hi, hi

Também concordo que os irmãos mais novos são mais perfeitos e só não são mesmo "perfeitos" porque os irmãos mais velhos não lhes permitem. Vejam o meu caso! LOL É claro que estou a brincar!!! Aliás, penso exactamente o contrário! Acho que os irmãos têm um papel fundamental e insubstituível na nossa formação. São eles que limam aquelas, aparentemente, pequenas arestas, mas que no fundo são tão importantes quanto aquelas limadas pelos nossos pais. Eu sinceramente não consigo imaginar a minha existência sem as minhas duas irmãs. Elas sempre foram e são as minhas melhores amigas, mas com papeis bastantes distintos! A mais velha fazia (e ainda faz) o papel de mãe super protectora, mas de forma tão sincera e genuína que até chega a chatear! A minha "irmã do meio" como gosto de lhe chamar, é o oposto! Não me evita os desafios, mas sim, ajuda-me a vê-los de uma outra prespectiva, mas sempre de uma forma consciente, ponderando comigo os pós e os contras. É a pessoa ideal para umas férias sempre a rir, não é Andreia?! Adoro as gargalhadas dela! Resumindo, amo muito as minhas irmãs e não consigo viver sem a amizade delas! Já agora, estou cheia de saudades vossas! Muitos beijinhos*

Minha querida Sara, quando estamos longe as saudades aumentam de intensidade, não é ? Apesar de não seres minha irmã conheço-te quase desde a barriga da tia Otília e para mim serás sempre a minha Sarinha.
Bjs muitos e grandes.
Prometo que quando chegares, vamos matar todas as saudades num fim-de-semana naquela praia do Alentejo tão nossa.

Parem tudo! Lamento desapontar-vos, mas posso provar "por A+B" que a minha irmã é a melhor irmã do mundo:
a) ela é linda, o que só mostra que esta família é geneticamente beneficiada :)
b) ela é generosa, mais do que é razoável para as suas próprias finanças;
c) ela nunca se queixa e está sempre alegre, mesmo quando mais sofre;
d) ela gosta de mim mesmo quando eu respondo torto (o que acontece mais vezes do que possam imaginar;
e) ela sabe o que é melhor para mim (e por isso gosta tanto do meu namorado de sonho);
f) ela é tremendamente chata e irritante porque conheço todos os seus hábitos, tal como todos os irmãos;
g) ela é a pessoa mais maravilhosa que existe e eu amo-a profundamente. Ela acompanha-me sempre e eu só quero protegê-la de tudo e vê-la feliz.
Por isto (e por muito mais), roam-se de inveja: eu é q sou a irmã da Ana Lua!

Oh... Até tenho uma lagrimita no canto do olho!

Pois que eu também fui abençoada com uma irmã fantástica.

A Rita tem a cara mais bonita que eu já vi, desde sempre. Quando nasceu, pequenita, rechonchuda e muito chorona, lembro-me de ficar a olhar para aquele nariz tão perfeito que ainda hoje tem, aliado a uns olhos meio esverdeados e um sorriso que lhe ilumina a cara.
Ela consegue a proeza de estar sempre fantástica até com a tshirt mais reles, sabe combinar acessórios como ninguém e as marcas todas fashion que existem.

A minha irmã sabe brincar com as palavras, escreve maravilhosamente e sabe sempre qual é o melhor argumento. Tem um dom para fazer coisas bonitas a partir de bocados de papel colorido, botões ou qualquer coisa velha que tem a mania de guardar.

Mas a Rita é linda essencialmente porque vive com o coração. Para ela tudo é 8 ou 80, entrega-se com a mesma intensidade a um amor, um trabalho ou uma festa. Completamente. E é maravilhoso vê-la crescer, correr atrás de objectivos e ser uma Mulher em todos os aspectos.

Gosto dela mesmo quando responde tão torto! Ou quando diz que não dormiu nada quando ressonou toda a noite! E quando me desmancha a cama acabadinha de fazer. E quando... (ui, tanta coisa!)

As recordações e cumplicidades são imensas e podia passar toda a tarde a contá-las. Conto só uma, que o comment já vai longo... Lembro-me como se fosse hoje do dia em que decidimos gravar todas as músicas que conhecíamos e cantámos, cantámos. Estávamos as duas constipadas e a Rita passava o tempo inteiro a rir. Eu, zangada, desligava o gravador e lá gravávamos tudo de novo. Ainda tenho a gargalhada de uma Rita de 6 anos numa cassete perdida lá em casa. Snips!

A minha irmã diz estas coisas sob a parcialidade do amor, mas sabe tão bem lê-las! Já me fartei de chorar, snips! Gosto muito de ti*

Amigos ainda bem, que me lembrei de escrever sobre esta espécie tão especial, que são os irmãos.
Vocês deixaram-me com uma lágrima no canto do olho.
bjs

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